Especialidades
PATOLOGIA CLÍNICA
Os exames laboratoriais são exames complementares importantes para o diagnóstico de diversas doenças, agregando informações após um exame clínico detalhado e, por muitas vezes, confirmando as hipóteses diagnósticas que acometem os animais domésticos. Os exames laboratoriais também são utilizados no diagnóstico, prognóstico e avaliação terapêutica dos pacientes.
O resultado de um exame laboratorial confiável e de qualidade depende, dentre outras situações, da diminuição ao máximo das interferências pré-analíticas que podem influenciar em até 70% o resultado de um exame laboratorial.
Mielograma
O mielograma é o exame citológico da medula óssea e é indicado quando são detectadas alterações em sangue periférico. As indicações mais comuns incluem neutropenia ou leucocitose persistentes e não justificadas, trombocitopenia sem explicações, anemias pouco regenerativas ou suas combinações e ainda, células em sangue periférico com morfologia anormal.
Em casos de estadiamento de processos neoplásicos (linfoma ou mastocitoma), a avaliação da medula óssea também é importante, somado a casos suspeitos de mieloma múltiplo, linfoma com possível acometimento medular concomitante e suspeitas de leishmaniose.
A condição clínica do paciente é a principal preocupação. A coleta é realizada sob sedação, por ser um procedimento desconfortável e um pouco doloroso. Portanto, o paciente precisa estar apto para tal procedimento.
Análise de Efusões e Líquor
As análises de efusões cavitárias são exames importantes para se tentar direcionar as possíveis causas do acúmulo anormal de líquido na cavidade abdominal, torácica ou no pericárdio, em conjunto com as alterações clínicas.
As efusões se acumulam nas cavidades corporais devido a processos fisiológicos ou patológicos. Uma quantidade bem pequena de líquido cavitário é normal em cães e gatos.
A análise do líquor ou líquido cefalo-raquidiano, somada a sinais neurológicos de origem central, pode auxiliar na exclusão de casos de doenças inflamatórias, infecciosas, traumáticas ou neoplásicas e monitoramento de diversas condições neurológicas que possam alterar o líquor. A punção de líquor é realizada no espaço atlanto-occiptal e a amostra coletada no espaço sub-aracnoide com agulha hipodérmica. O paciente deve estar sempre sob anestesia, tricotomia e antissepsia locais.
A coleta é contra indicada quando:
Sedação ou tranquilização e contenção não possíveis
Aumento de pressão intracraniana
Infecção cutânea na região da punção
Animais com desidratação intensa
Distúrbio de hemostasia